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Mostrando postagens de 2007

uma canção nova

Despedida Se um dia você viajar pra Goiás E passar a porteira dos campos gerais Não se avexe e ande um pouco mais E será bem-vindo em meus quintais Com violas, cantorias. E se um dia você for ao Sul do Brasil E for tempo de inverno ou dia de frio, Provará o nosso chimarrão, Ouvirá, quem sabe, uma canção E haverá entre nós comunhão. Contaremos muitos causos, Lendas do sertão, Partiremos sobre a mesa Frutos deste chão, Levaremos na algibeira A recordação de um tempo tão bom. Se a distância um dia se estender entre nós E deixar-nos mudos, pensativos e sós, Os caminhos é que falarão Dos amigos que sempre serão, Pela fé, companheiros e irmãos.

campo branco (elomar)

Cada vez que ouço esta canção, minha alma se inspira, sonha, canta, chora, lamenta e louva. Viva o grande poeta Elomar. Campo Branco minhas penas que pena secou Todo bem qui nóis tinha era a chuva era o amor Num tem nada não nóis dois vai penano assim Campo lindo ai qui tempo ruim Tu sem chuva e a tristeza em mim Peço a Deus grande Deus de Abraão Prá arrancar as pena do meu coração Dessa terra sêca en ança e aflição Todo bem é de Deus qui vem Quem tem bem lôva Deus seu bem Quem não tem pede a Deus qui vem Pela sombra do vale do ri Gavião Os rebanho esperam a trovoada chover Num tem nada não também no meu coração Vô ter relempo e trovão Minh’alma vai florescer Quando a amada e esperada trovoada chegá Iantes da quadra as marrã vão tê Sei qui inda vô vê marrã parí sem querê Amanhã no amanhecer Tardã mais sei qui vô ter Meu dia inda vai nascer E essa tempo da vinda tá perto de vín Sete casca aruêra cantaram prá mim Tatarena vai rodá vai botá fulô Marela de u’a veis só Pra ela

A Pedra de Amolar

Aquele que comigo, quando eu choro, chora Aquele que comigo dança, A este jamais direi: Ora, não me amoles Porque se como o ferro com ferro se afia Afia o homem a seu amigo Isto hoje te digo: Podes me amolar! Ó Deus, dá que quando entre eu e meu amigo Houver atrito a ponto de sair faísca de fogo Que eu não me desaponte porque esse tal É enviado teu pra que eu não fique cego Porque cego não vê que sem o esmeril Se perde o fio, o gume Quem pode perceber, não perde a comunhão, assume Estende a mão, aceita A pedra de amolar (um poema do Roberto Diamanso)

um poema de drummond

Amar (Carlos Drummond de Andrade) Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? amar e esquecer, amar e malamar, amar, desamar, amar? sempre, e até de olhos vidrados, amar? Que pode, pergunto, o ser amoroso, sozinho, em rotação universal, senão rodar também, e amar? amar o que o mar traz à praia, e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha, é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia? Amar solenemente as palmas do deserto, o que é entrega ou adoração expectante, e amar o inóspito, o áspero, um vaso sem flor, um chão de ferro, e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina. Este o nosso destino: amor sem conta, distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, doação ilimitada a uma completa ingratidão, e na concha vazia do amor a procura medrosa, paciente, de mais e mais amor. Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

para os céticos

"Deus se revela no livro da natureza, pois Ele é seu autor. Mesmo assim, só compreendemos esse livro se tivermos a necessária iluminação espiritual. Sem reverência e percepção, erramos a direção. Não podemos julgar a confiabilidade de nenhum livro simplesmente ao lê-lo. Agnósticos e céticos, por exemplo, só acham defeitos a invés de perfeição. Os céticos dizem: 'Se há um criator todo-poderoso, por que há furacões, terremotos, dor, sofrimento, morte, etc.?'. É como criticar um edifício que ainda não foi terminado ou um quadro que ainda não foi acabado. Quando o vermos plenamente completo, ficaremos embaraçados por nossa precipitação e louvaremos a habilidade do artista. Deus não deu ao mundo sua forma atual em um único dia nem deixará perfeito em um único dia. A criação inteira move-se em direção à sua plenitude, e veremos o mundo com os olhos de Deus, movendo-se em direção ao que é perfeito, sem falta ou defeito, então nos prostraremos humildemente diante do nosso criador

tertuliano

"Embora tenhamos uma tesouraria, ela não guarda dinheiro vindo de compra e venda, como se a religião tivesse seu preço. Uma vez por mês, expontaneamente, cada um coloca ali uma pequena doação; mas apenas de livre vontade, e apenas segundo suas possibilidades; pois não há compulsão; tudo é voluntário. Esses dons são como fundos e depósitos da piedade. Pois eles não foram colocados lá para serem gastos em festas, bebidas e banquetes, mas para assistir e sepultar os pobres, suprir as necessidades de meninos e meninas que perderam seus pais e seus bens materiais, de pessoas idosas que já não podem sair de casa; bem como socorrer os que sofreram naufrágio; e se acaso alguém estiver nas minas em trabalhos forçados, ter sido banido para as ilhas ou estiver na prisão por causa de sua fidelidade à causa da Igreja de Deus, essas ofertas se tornam o sustento de sua confissão" (Tertuliano, Apologia , 160-230 A.D.).

dança de roda

Bem melhor do que navegar sozinho Bem melhor do que caminhar sem par Muito mais do que só se olhar no espelho Ou ver a própria sombra... Pega a sanfona, traz a viola, toca a rabeca (olerê) Chama os tambores e os tocadores pra nossa festa (olará) Faz uma fogueira, planta uma bandeira, canta a noite inteira (aiá) Convida todos os ritimistas para a calçada (olerê) Pega as estrelas, põe nas soleiras da madrugada (olará) Dança moçambique, dança marujada, dança de congada (aiá) Uma parte da vida é suor e pão Outra parte é pandeiro e celebração Tudo tão bom Se a mão de quem planta puder colher Ir além dos limites do próprio corpo Por o pé nas fronteiras do nosso chão Palmo a palmo, alcançar com algum esforço O esboço de outra palma Ver o riso pousado em cada rosto Ter o gosto de reaprender a andar Como quem sabe caminhar dançando Ao toque da viola Viva a alforria! Viva a alegria! Viva a fartura! (olerê) Que haja folia e cantoria, que haj

simplicidade

Simplicidade é um dom, ser livre é um dom, Estar onde se deve estar é um dom E quando estamos no lugar certo Este será o vale do amor e da alegria. Quando se alcança verdadeira simplicidade Para prostrar-se e curvar-se, não há acanhamento Pois girar e girar será a nossa alegria Até que girando e girando cheguemos ao lugar certo. (cântico shaker Elder Joseph Brackett Jr., 1848)

O Senhor da Dança

Dancei na manhã em que o mundo começou Dancei com a Lua, as estrelas e o Sol Desci do céu e dancei na Terra Em Belém eu nasci Então dance, onde quer que você estiver Eu sou o Senhor da Dança, Ele disse! E vou conduzi-lo, onde quer que você estiver E vou conduzi-los todos na dança, Ele disse! Dancei para os escribas e fariseus Mas eles não gostam de dançar, não quiseram me seguir Dancei com pescadores, com Tiago e João Eles vieram comigo, e a dança continuou Dancei no sábado em que curei um paralítico E os santarrões disseram que isso era vergonhoso! E me chicotearam e me torturaram e me pregaram numa cruz E ali me deixaram para morrer! Dancei numa sexta-feira quando o céu ficou escuro É difícil dançar enquanto se é pisoteado pelo Diabo Enterraram meu corpo e pensaram que eu estava acabado Mas eu sou a Dança e por isso continuo Eles me cortaram e levantaram no madeiro Eu sou a Vida que jamais perece, nunca morre! Viverei em você

john wesley e a escravidão

"A escravidão é uma vilania nojenta, um escândalo para a Inglaterra e para a humanidade. Fico chocado quando um homem, por ser negro, é enganado ou atacado por um branco e não pode se defender... Vá em nome de Deus e no poder do Seu Espírito, para que a escravidão americana, a mais infame que já se viu sob o sol, seja banida para sempre" (John Wesley, na última carta que escreveu antes de morrer, 24 nov. 1790. A carta foi escrita a William Wilberforce, figura fundamental na abolição do tráfico de escravos na Inglaterra, em 1807).

o deus que ama você

Deve ser trabalhoso para o Deus que ama você Pensar em como você seria mais feliz do que é hoje Se você pudesse avistar seus muitos futuros. Deve ser doloroso para Ele vê-lo nas noites de sexta Indo para casa de carro, após um dia de trabalho, contente com sua semana -- Três belas casas vendidas a famílias dignas -- Sabendo, como Ele sabe, o que teria acontecido exatamente Se você tivesse feito a segunda opção na universidade, Conhecendo o colega de quarto que você teria, Cujas ardentes opiniões sobre pintura e música Teriam despertado em você um vocação que duraria uma vida inteira. Um vida 30 graus acima da vida que você leva hoje Em qualquer escala de satisfação. E cada ponto seria Um espinho no lado do Deus que ama você. Você não quer isso, um homem generoso como você Que tenta poupar sua esposa dos desapontamentos do dia Para que ela possa guardar seu bom humor para as crianças. E você, gostaria que esse Deus comparasse sua esposa Com as mulheres a quem você estava destinado a enc

o céu dos ingleses

"Eu não penso como mamãe. Não falo nada porque em negócio de religião ela não admite discussão. Não posso ter esse medo que mamãe tem porque eu penso comigo: 'Se meu pai for para o inferno, para onde irão meus tios e todos os homens de Diamantina a não ser Seu Juca Neves?'. Eu sei que Deus é justo. Já sofri muito em pequena por causa de vovô e não quero agora sofrer também por causa de meu pai. Na escola de Mestra Joaquina eu não podia ter a menor briguinha com uma menina, que ela não dissesse logo: 'Meu avô não é como o seu que foi para o céu dos ingleses'. Meu avô não foi enterrado na igreja porque era protestante; foi na porta da Casa de Caridade e até hoje se fala nisso em Diamantina. Quando ele estava muito mal, os padres, as irmãs de caridade e até Senhor Bispo, que gostava muito dele, pelejaram para ele se batizar e confessar para poder ser enterrado no sagrado. Ele respondia: 'Toda terra que Deus fez é sagrada'. O vigário não quis deixar dobrar os s

amar ou não amar

"O evangelho de Jesus Cristo dá voz concreta a duas verdades paradoxais que expressam a tragédia da condição humana: a primeira é que, se você não ama, você não viverá; a segunda é que, se você ama, você morrerá. Se você não puder amar, você permanecerá preso a si mesmo e ficará estéril, incapaz de criar um futuro para si ou para os outros, incapaz de viver. Se, todavia, você de fato amar, você será uma ameaça às estruturas de dominação sobre as quais repousam a sociedade e então você será morto" (T.S. Eliot).

rodapé para todas as orações

Somente aquele a quem me prostro sabe a quem me prostro Quando tento dizer o Nome inefável, murmurando Tu, E sonho com fantasias fidianas e abraço no coração Símbolos (que sei) não podem ser o que Tu és. Assim sempre, todos os que oram blasfemam, Adorando com suas frágeis imagens um sonho folclórico, E todos os homens em suas orações, auto-enganadas, dirigem-se À construção de seu próprios inquietos pensamentos, a não ser que Tu em magnética misericórdia Te desvies De nossas setas, miradas imprecisamente, além do deserto; E todos os homens são idólatras, clamando surdamente A um ídolo surdo, se Tu os aceitas ao pé da letra. Não aceita, ó Senhor, nosso sentido literal. Senhor, em tua grande Contínua fala, traduz nossa metáfora claudicante. (C.S. Lewis)

o centro

"Preciso mudar do falar sobre Jesus para deixar que Ele fale comigo, de pensar sobre Jesus para deixar que Ele pense dentro de mim, de agir para e com Jesus para deixar que Ele aja através de mim. Sei que o único jeito de ver o mundo é vê-lo através dos Seus olhos... Tenho de ir ao centro do ser: o centro onde o tempo toca a eternidade, onde a Terra e o céu se encontram, onde a Palavra de Deus se torna corpo humano, onde a morte e a imortalidade se abraçam" (apud Josh Furnal , Bywords , 2007).

oração

"A única preocupação do diabo é impedir que os cristãos orem. Ele nada teme dos estudos feitos sem oração, de trabalho feito sem oração ou de religião feita sem oração. Ele ri de nossos esforços, faz pouco caso de nossa sabedoria, mas treme quando oramos" (Samuel Chadwick). Bruce Metzger, ao comentar Apocalipse 8.1, diz que ali há silêncio no céu depois de seis ou sete selos serem abertos. Depois, há uma grande calma, como que antes da tempestade. "E você fica imaginando porque há silêncio; cresce a tensão enquanto se espera outro juízo de Deus, contudo o silêncio aqui não é de terror. O silêncio (v. 3) é causado por um anjo que traz diante do altar as orações dos santos" (apud Josh Furnal, 2007, p. 6).

idéia nova

Uma palavra nova Para iluminar a nova manhã Uma idéia nova A cor, a flor temporã E mais uma cantiga nova Cheiro de limão, sabor de maçã O brilho da viola Lá na praia de Itapuã E mais uma janela aberta Para receber a brisa do mar E uma vontade certa De o coração navegar E mais, uma cidade alerta Esperando a voz da vida chamar Para uma grande festa Que apenas vai começar E mais, muito mais... Bem mais... Quero cantar como quem anuncia O calor do dia, a alegria, A vida, a nova estação. Sol, olha o sol sobre a pele da Terra! Somos só o sal, o resto é chão, É céu, é pleno verão. (Gustavo Messina & Gladir Cabral)

armas de fogo

"Canhões e armas de fogo são máquinas cruéis e odiosas. Eu creio que elas surgiram por sugestão direta do demônio. Contra as balas voadoras nenhum valor adianta; o soldado é morto, antes mesmo de saber como. Se Adão pudesse ter uma visão dos terríveis instrumentos que seus filhos iriam inventar, teria morrido de desgosto" (Martinho Lutero).

nos passos de Yesu

"Jamais me esquecerei da noite em que fui expulso de minha casa. Dormi ao relento, debaixo de uma árvore, e fazia muito frio. Jamais havia experimentado tal coisa. Então pensei: 'Ontem eu vivia no conforto. Agora estou tremendo de frio, e faminto, e sedento. Ontem eu tinha tudo o que necessitava e muito mais; hoje não tenho mais abrigo, nem roupas quentes, nem comida'. Por fora a noite era difícil, mas eu sentia uma grande alegria e paz em meu coração. Eu estava seguindo os passos de meu novo mestre -- Yesu, que não tinha onde repousar a cabeça, que fora desprezado e rejeitado. No luxo e no conforto de casa eu não havia encontrado paz. Mas a presença do Mestre mudou meu sofrimento em paz, e esta paz nunca mais me abandonou" (Sundar Singh, Wisdom of the Sadhu , p. 29).

beira de estrada

E vem chegando na beira da estrada Traz a poeira da longa jornada Em seu alforje, seu tudo, seu nada Sua algibeira é uma feira acabada. Mas na mente a lembrança da casa do Pai, A varanda caiada, uma folha que cai No final do verão, ante a nova estação, Vento novo que um dia viria. E vem chegando entre lenços e laços, Sobras de um tempo de perdas e lapsos. Muitos remendos, costuras e trapos. Não há sandálias, os pés vêm descalços. Mas lá dentro do peito a saudade do Pai, A vontade de ver o seu rosto que atrai, De prostrar-se aos seus pés De beijar seus anéis De pedir sua graça, que basta e passa Muito além da medida Contida E vem chegando e abrindo a cancela Como se abre uma velha janela A luz do sol cobre toda a cautela Esta manhã nunca esteve tão bela

sem lenço e sem documento

Semblante pesado, irado mesmo, cheio de desespero e pesar pela morte da esposa e de outro filho, o pai de Sundar Singh pronuncia para ele as palavras formais de expulsão e deserdamento: “Nós te rejeitamos para sempre e te expulsamos de nossa presença. Tu não serás mais meu filho. Nós não te conhecemos mais. Para nós, tu és como alguém que jamais nasceu. Tenho dito”. “Eu jamais me esquecerei da noite em que fui expulso de casa. Dormi debaixo de uma árvore, e estava muito frio. Jamais havia experimentado algo assim. Pensei: ‘Ontem eu vivia no conforto. Agora estou tremendo de frio, estou faminto e tenho sede. Ontem eu tinha tudo de que precisava e muito mais; hoje não tenho abrigo, nem o calor de minhas roupas, nem comida’. Por fora a noite era difícil, mas eu era tomado por uma maravilhosa alegria e paz em meu coração. Eu estava seguindo os passos de meu novo mestre – Yesu, que não tinha onde reclinar a cabeça, e que fora desprezado e rejeitado. No luxo e no conforto de minha casa eu nã

leão ou chacal

Após a conversão de Sundar Singh, houve grande tumulto na cidade. A escola protestante foi fechada, os missionários tiveram que fugir para Ludhiana. Em casa, o pai de Sundar tentou dissuadi-lo dessa nova fé: “Meu querido filho – luz dos meus olhos, conforto do meu coração – que você tenha vida longa! Como seu pai, eu clamo para que você considere sua família. Certamente você não deseja que o nome de sua família caia em desgraça. Certamente essa religião cristã não ensina a desobediência aos pais. Eu ordeno que você cumpra o seu dever e se case. Já escolhi uma noiva, como é nosso costume, e tudo está preparado. Como presente de noivado, eu vou lhe deixar uma herança de 150.000,00 rúpias, que garantirão a você e à sua família uma vida confortável e segura. Seu tio ainda vai lhe dar uma grande herança em ouro. “Estou sendo bem razoável, meu filho. Mas se você se recusar a ouvir-me, então saberei que está disposto a desonrar sua família, e não terei outra alternativa senão deserdá-lo. Você

encontro

“Embora naquele tempo eu me considerasse um herói por ter queimado os Evangelhos, meu coração não encontrava paz. Na verdade, minha inquietação só aumentava, e eu me sentia um miserável pelos próximos dois dias. No terceiro dia, quando não conseguia mais suportar a angústia, levantei-me às 3h da madrugada e orei para que, se Deus existisse afinal, que ele se revelasse a mim. Se eu não recebesse uma resposta até o amanhecer, eu colocaria minha cabeça nos trilhos do trem e buscaria a resposta além da fronteira desta vida. “Eu orei e orei, esperando pela hora de fazer minha última caminhada. Lá pelas 4h30 eu vi algo estranho. Havia um brilho na sala. No início pensei que havia fogo na casa, mas olhando através da porta e das janelas, eu não pude ver o que produzia a luz. Então me ocorreu um pensamento: talvez isso seja uma resposta de Deus. Então voltei ao meu lugar de costume e orei, olhando para a estranha luz. Então vi uma figura na luz, estranha mas de alguma forma familiar. Não era S