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encontro

“Embora naquele tempo eu me considerasse um herói por ter queimado os Evangelhos, meu coração não encontrava paz. Na verdade, minha inquietação só aumentava, e eu me sentia um miserável pelos próximos dois dias. No terceiro dia, quando não conseguia mais suportar a angústia, levantei-me às 3h da madrugada e orei para que, se Deus existisse afinal, que ele se revelasse a mim. Se eu não recebesse uma resposta até o amanhecer, eu colocaria minha cabeça nos trilhos do trem e buscaria a resposta além da fronteira desta vida.

“Eu orei e orei, esperando pela hora de fazer minha última caminhada. Lá pelas 4h30 eu vi algo estranho. Havia um brilho na sala. No início pensei que havia fogo na casa, mas olhando através da porta e das janelas, eu não pude ver o que produzia a luz. Então me ocorreu um pensamento: talvez isso seja uma resposta de Deus. Então voltei ao meu lugar de costume e orei, olhando para a estranha luz. Então vi uma figura na luz, estranha mas de alguma forma familiar. Não era Shiva nem Krishna nem qualquer outra encarnação hindu que eu esperava encontrar. Então ouvi uma voz falando na língua urdu: ‘Sundar, até quando você irá rir de mim? Vim para salvá-lo, pois você orou para encontrar o caminho da verdade. Então por que você não a aceita?’ Foi aí que pude ver as marcas de sangue em suas mãos e em seus pés e reconheci que era Yesu, que os cristãos proclamavam. Caí aos seus pés. Eu estava cheio de profunda tristeza e remorso por causa dos meus insultos e pela minha irreverência, mas também sentia uma maravilhosa paz. Essa era a alegria que procurava. Era o céu… Então a visão se desvaneceu, embora minha paz e alegria permaneceram.

“Quando me levantei, fui imediatamente acordar meu pai e dizer a ele o que eu havia experimentado – dizer-lhe que agora eu era um seguidor de Yesu. Ele me disse para voltar para cama. ‘Ora, antes de ontem você estava queimando livros sagrados dos cristãos. Agora você diz que é um deles. Vá dormir, meu filho. Você está cansado e confuso. Amanhã você se sentirá melhor’” (Sundar Singh, The Wisdom of the Sadhu, p. 25-6).

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