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Mostrando postagens de julho, 2005

serve somebody

You may be a state trooper, you might be a young Turk, You may be the head of some big TV network, You may be rich or poor, you may be blind or lame, You may be living in another country under another name You may be a preacher with your spiritual pride, You may be a city councilman taking bribes on the side, You may be in a barbershop, you may know how to cut hair, You may be somebody's mistress, may be somebody's heir Might like to wear cotton... might like to wear silk, Might like to drink whiskey, might like to drink milk, You might like to eat caviar, you might like to eat bread, You may be sleeping on the floor, or in a king-sized bed But you're gonna have to serve somebody, yes indeedYou're gonna have to serve somebody. It may be the devil, or it may be the Lord But you're gonna have to serve somebody. Bob Dylan Uma tradução possível: Você pode ser um soldado do governo ou pode ser um jovem turco, pode ser o dono de uma grande rede de TV. Você pode se

relâmpago

"I am sure that the bit of the road that most requires to be illuminated is the point where it forks" (John Baillie). Tradução possível: "Estou certo de que a parte da estrada que mais precisa ser iluminada é o ponto em que se bifurca" (John Baillie, teólogo escocês, 1880-1960). Eugene Peterson, comentando o Salmo 120, diz que a palavra SENHOR, que aparece uma única vez no salmo, é como um relâmpago que ilumina a encruzilhada. Segundo Elie Weisel, uma história judaica antiga fala de um viajante perdido numa floresta. Está escuro e ele está com medo. O perigo parece rondar cada árvore. Uma tempestade quebra o silêncio. O tolo olharia para o relâmpago, o sábio olha para a estrada repentinamente iluminada diante dele.

derramar o coração

O salmo 62 fala de derramar o coração perante Deus. Trata-se de um convite ao povo. Mais que experiência individual, trata-se de manifestação coletiva, social, comunitária. Um povo, junto, decide derramar seu coração diante de Deus. Onde está o coração de um povo? Na vida econômica, material? Na vida cultural? Na agenda política? Talvez em tudo isso e mais um pouc0. Derramar o coração é experiência de sangria. Não parece ser indolor. É expor-se, é pagar mico, é aprender a lamentar o que é lamentável, aprender a lidar com emoções, com sentimentos, é mais que razão. Não se trata de entender o coração, mas estender as fibras do coração. Ensina-me isso, meu Deus, que essa lição eu perdi. Devo ter faltado à aula.

geada sobre a relva

Ao vir trabalhar hoje pela manhã, encontrei a grama que cobre o campus coberta de uma fina camada de gelo. Não resisti, tive que tocar as folhas da grama, sentir a textura do gelo, o frio, a realidade e a beleza da transformação. Agora mesmo o sol deve estar fazendo o seu serviço de descongelamento geral, pois não há grama que agüente esse frio de doer. Interessante: o que embeleza a vida muitas vezes traz desconforto, frio, dor. A natureza é rigorosa, oscila entre os extremos, e nós habitamos aquela fina camada de calor e conforto chamada cultura humana.

in grasping...

"If what most people take for granted were really true—if all you needed to be happy was to grab everything and see everything and investigate every experience and then talk about it, I should have been a very happy person, a spiritual millionaire, from the cradle even until now…What a strange thing! In filling myself, I had emptied myself. In grasping things, I had lost everything. In devouring pleasures and joys, I had found distress and anguish and fear" (Thomas Merton). Uma tradução possível: "Se o que diz o senso comum fosse realmente verdade -- se para ser feliz bastasse agarrar tudo e ver tudo e investigar cada experiência e então conversar sobre isso, eu teria sido uma pessoa muito feliz, um milionário espiritual, desde o berço até agora... Que coisa estranha! Ao encher-me de coisas, esvaziei a mim mesmo. Ao agarrar as coisas, eu as perdi. Ao devorar prazeres e alegrias, encontrei tristeza e angústia e medo" (Thomas Merton).

sierra

Eis a visão da Serra do Rio do Rastro. Difícil esquecer. Difícil não querer voltar.

desapego

Está aqui uma canção que acabei de fazer. A idéia é trazer de volta a importância das coisas simples, é o exercício do desapego. Estender a esteira, Sacudir a poeira, Desatar as sandálias dos pés, Entregar a moeda da mão E o tesouro do seu coração. Ir além da porteira E cruzar a fronteira, Não voltar mais os olhos pra trás, Ignorar as estátuas e os sais E os navios ancorados nos cais. É preciso recusar, É preciso esquecer, É preciso não se apegar, Porque tudo o que temos Não é nada que somos, Vida, vento, tempo, voz e chão. Possuir as estrelas, Dominar as alturas, Ter a posse das constelações, Já não creio em tais ilusões, Quero gente, fogueira e canções, Uma vida mais simples, De alegrias constantes E de amores intensos e sãos, De desejos sinceros e bons, Como um quadro de múltiplos tons.