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Mostrando postagens de outubro, 2007

dança de roda

Bem melhor do que navegar sozinho Bem melhor do que caminhar sem par Muito mais do que só se olhar no espelho Ou ver a própria sombra... Pega a sanfona, traz a viola, toca a rabeca (olerê) Chama os tambores e os tocadores pra nossa festa (olará) Faz uma fogueira, planta uma bandeira, canta a noite inteira (aiá) Convida todos os ritimistas para a calçada (olerê) Pega as estrelas, põe nas soleiras da madrugada (olará) Dança moçambique, dança marujada, dança de congada (aiá) Uma parte da vida é suor e pão Outra parte é pandeiro e celebração Tudo tão bom Se a mão de quem planta puder colher Ir além dos limites do próprio corpo Por o pé nas fronteiras do nosso chão Palmo a palmo, alcançar com algum esforço O esboço de outra palma Ver o riso pousado em cada rosto Ter o gosto de reaprender a andar Como quem sabe caminhar dançando Ao toque da viola Viva a alforria! Viva a alegria! Viva a fartura! (olerê) Que haja folia e cantoria, que haj

simplicidade

Simplicidade é um dom, ser livre é um dom, Estar onde se deve estar é um dom E quando estamos no lugar certo Este será o vale do amor e da alegria. Quando se alcança verdadeira simplicidade Para prostrar-se e curvar-se, não há acanhamento Pois girar e girar será a nossa alegria Até que girando e girando cheguemos ao lugar certo. (cântico shaker Elder Joseph Brackett Jr., 1848)

O Senhor da Dança

Dancei na manhã em que o mundo começou Dancei com a Lua, as estrelas e o Sol Desci do céu e dancei na Terra Em Belém eu nasci Então dance, onde quer que você estiver Eu sou o Senhor da Dança, Ele disse! E vou conduzi-lo, onde quer que você estiver E vou conduzi-los todos na dança, Ele disse! Dancei para os escribas e fariseus Mas eles não gostam de dançar, não quiseram me seguir Dancei com pescadores, com Tiago e João Eles vieram comigo, e a dança continuou Dancei no sábado em que curei um paralítico E os santarrões disseram que isso era vergonhoso! E me chicotearam e me torturaram e me pregaram numa cruz E ali me deixaram para morrer! Dancei numa sexta-feira quando o céu ficou escuro É difícil dançar enquanto se é pisoteado pelo Diabo Enterraram meu corpo e pensaram que eu estava acabado Mas eu sou a Dança e por isso continuo Eles me cortaram e levantaram no madeiro Eu sou a Vida que jamais perece, nunca morre! Viverei em você

john wesley e a escravidão

"A escravidão é uma vilania nojenta, um escândalo para a Inglaterra e para a humanidade. Fico chocado quando um homem, por ser negro, é enganado ou atacado por um branco e não pode se defender... Vá em nome de Deus e no poder do Seu Espírito, para que a escravidão americana, a mais infame que já se viu sob o sol, seja banida para sempre" (John Wesley, na última carta que escreveu antes de morrer, 24 nov. 1790. A carta foi escrita a William Wilberforce, figura fundamental na abolição do tráfico de escravos na Inglaterra, em 1807).

o deus que ama você

Deve ser trabalhoso para o Deus que ama você Pensar em como você seria mais feliz do que é hoje Se você pudesse avistar seus muitos futuros. Deve ser doloroso para Ele vê-lo nas noites de sexta Indo para casa de carro, após um dia de trabalho, contente com sua semana -- Três belas casas vendidas a famílias dignas -- Sabendo, como Ele sabe, o que teria acontecido exatamente Se você tivesse feito a segunda opção na universidade, Conhecendo o colega de quarto que você teria, Cujas ardentes opiniões sobre pintura e música Teriam despertado em você um vocação que duraria uma vida inteira. Um vida 30 graus acima da vida que você leva hoje Em qualquer escala de satisfação. E cada ponto seria Um espinho no lado do Deus que ama você. Você não quer isso, um homem generoso como você Que tenta poupar sua esposa dos desapontamentos do dia Para que ela possa guardar seu bom humor para as crianças. E você, gostaria que esse Deus comparasse sua esposa Com as mulheres a quem você estava destinado a enc

o céu dos ingleses

"Eu não penso como mamãe. Não falo nada porque em negócio de religião ela não admite discussão. Não posso ter esse medo que mamãe tem porque eu penso comigo: 'Se meu pai for para o inferno, para onde irão meus tios e todos os homens de Diamantina a não ser Seu Juca Neves?'. Eu sei que Deus é justo. Já sofri muito em pequena por causa de vovô e não quero agora sofrer também por causa de meu pai. Na escola de Mestra Joaquina eu não podia ter a menor briguinha com uma menina, que ela não dissesse logo: 'Meu avô não é como o seu que foi para o céu dos ingleses'. Meu avô não foi enterrado na igreja porque era protestante; foi na porta da Casa de Caridade e até hoje se fala nisso em Diamantina. Quando ele estava muito mal, os padres, as irmãs de caridade e até Senhor Bispo, que gostava muito dele, pelejaram para ele se batizar e confessar para poder ser enterrado no sagrado. Ele respondia: 'Toda terra que Deus fez é sagrada'. O vigário não quis deixar dobrar os s