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Mostrando postagens de dezembro, 2007

uma canção nova

Despedida Se um dia você viajar pra Goiás E passar a porteira dos campos gerais Não se avexe e ande um pouco mais E será bem-vindo em meus quintais Com violas, cantorias. E se um dia você for ao Sul do Brasil E for tempo de inverno ou dia de frio, Provará o nosso chimarrão, Ouvirá, quem sabe, uma canção E haverá entre nós comunhão. Contaremos muitos causos, Lendas do sertão, Partiremos sobre a mesa Frutos deste chão, Levaremos na algibeira A recordação de um tempo tão bom. Se a distância um dia se estender entre nós E deixar-nos mudos, pensativos e sós, Os caminhos é que falarão Dos amigos que sempre serão, Pela fé, companheiros e irmãos.

campo branco (elomar)

Cada vez que ouço esta canção, minha alma se inspira, sonha, canta, chora, lamenta e louva. Viva o grande poeta Elomar. Campo Branco minhas penas que pena secou Todo bem qui nóis tinha era a chuva era o amor Num tem nada não nóis dois vai penano assim Campo lindo ai qui tempo ruim Tu sem chuva e a tristeza em mim Peço a Deus grande Deus de Abraão Prá arrancar as pena do meu coração Dessa terra sêca en ança e aflição Todo bem é de Deus qui vem Quem tem bem lôva Deus seu bem Quem não tem pede a Deus qui vem Pela sombra do vale do ri Gavião Os rebanho esperam a trovoada chover Num tem nada não também no meu coração Vô ter relempo e trovão Minh’alma vai florescer Quando a amada e esperada trovoada chegá Iantes da quadra as marrã vão tê Sei qui inda vô vê marrã parí sem querê Amanhã no amanhecer Tardã mais sei qui vô ter Meu dia inda vai nascer E essa tempo da vinda tá perto de vín Sete casca aruêra cantaram prá mim Tatarena vai rodá vai botá fulô Marela de u’a veis só Pra ela

A Pedra de Amolar

Aquele que comigo, quando eu choro, chora Aquele que comigo dança, A este jamais direi: Ora, não me amoles Porque se como o ferro com ferro se afia Afia o homem a seu amigo Isto hoje te digo: Podes me amolar! Ó Deus, dá que quando entre eu e meu amigo Houver atrito a ponto de sair faísca de fogo Que eu não me desaponte porque esse tal É enviado teu pra que eu não fique cego Porque cego não vê que sem o esmeril Se perde o fio, o gume Quem pode perceber, não perde a comunhão, assume Estende a mão, aceita A pedra de amolar (um poema do Roberto Diamanso)