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Mostrando postagens de janeiro, 2008

finalmente, o site

Queridos amigos, finalmente nasceu o meu site. Visitem: www.gladircabral.com.br. Ele nasceu deste blog, por isso o conteúdo ainda é bastante semelhante. Mas pouco a pouco vou inserir no site informações novas, download de música, letras, cifras coisa e tal. Mas pretendo continuar com o blog até onde for possível. Espero vocês lá. Abraços, Gladir

conserto

Saiu finalmente a primeira parceria com Tiago Vianna! Custou, rapaz. Mas valeu a pena. Eis aí alguma coisa para começar. É fim de tarde As folhas dançam ao vento E o pescador se distrai E conserta as suas redes Em silêncio E relembra as ondas e o barco Noite em claro e ele tão longe do lar Tempestade em mar aberto Pensamento As agulhas e as linhas O olhar de quem já não mais sente nas mãos A própria dor O talho tão cruel Fios soltos e rompidos Logo reparados e cingidos assim Com força e com vigor E mais um carretel Assim é Deus em seu amor A corrigir e emendar Nossas redes rotas, tão poucas, E o coração infiel e teimoso Assim é Deus em seu amor A refazer e retomar Laços tão humanos, tão frágeis Num mundo cada vez mais perigoso Logo tudo se renova O horizonte anuncia: O sol nascente brilha! O vento já mudou O pescador já voltou ao mar E a longa praia a esperar Alguém que logo irá voltar (Tiago Vianna e Gladir Cabral)

trabalha, poeta (Silvestre Kuhlmann)

Tenho ouvido ultimamente as canções do compositor, arranjador e poeta Silvestre Kuhlmann. Eis aqui uma de suas preciosidades. Sem meias palavras, Semeia a palavra, Cultiva a boa semente; Espalha por este solo da Terra Poemas. A pena, a peneira, a pepita, Garimpa, lapida; Descobre o tesouro, Cava com a pá. Provoca o vocabulário, Bulindo no vocabulário; Burla o sentido, faz o belo. Elabora, labora. Procura a cura no verso. Emoção, reação adversa; É perverso ver o mundo Sem teu olhar, poeta. Se te moves, poeta, Comoves; Poeta, não te acomodes Nas cavernas da melancolia. (Silvestre Kuhlmann)

sinfonia do perdão (Jorge Camargo)

Isso aconteceu no final de 2006. O tempo passa, mas ainda ressoa a beleza desta humana sinfonia. Na última terça-feira (21/11), minha mãe Vanira, levantou mais cedo que de costume. Sentou na cadeira da sala de jantar e puxou uma conversa leve e descompromissada com meu pai. Surpreso com sua presença inesperada, seu Jorge, o "preto" como era carinhosamente chamado por ela, esticou o bate-papo. Minutos depois, ela reclamou de uma dor no peito e foi se deitar. Ele a acompanhou. Ao lado da cama, a frase inesperada: "Preto, me perdoe. Me perdoe pelas palavras ásperas e pelas dores que lhe causei nesses anos juntos (quarenta e seis, pra ser mais exato). "Eu é que te peço perdão!", ele respondeu. Foram as últimas palavras de minha mãe. Naquele quarto apertado de uma casa pequena e simples perdida na periferia da grande cidade uma obra de rara beleza foi executada. O tema? A Sinfonia do Perdão. Aqui nesse mundinho fétido, apenas dois seres que se amaram e que foram cúm

de bem com Deus (Roberto Diamanso)

Esta é outra canção concentrada e em estado puro de diamante de Roberto Diamanso. Todos que o conhecem sabem muito bem que certas canções destilam em sua alma gota a gota, palavra a palavra, letra a letra. Eu tô de bem com meu Deus Que te mandou um abraço; Vem fazer uso do espaço Lá do esquerdo do meu peito. Aqui está a igreja; Eu adoro olhando as imagens Que cantam, dançam e pegam Que eu até me peguei: Como de mim são iguais? Semelhantes são as tais Com o Artesão que as fez. Não há "primos inter pares" O Primeiro entre os irmãos Está à direita do Pai E é tão bem vindo entre nós Lembrado ao partir do pão Fala aos que aqui estão Ávidos para ouvir Sua voz. (canção de Roberto Diamanso)