Pular para o conteúdo principal

Pedra Lisa

Nesse último final de semana estive em retiro com a Igreja Presbiteriana de Macaé. Ficamos em um hotel-fazenda chamado Pedra Lisa. O hotel fica em um vale aos pés de uma montanha de mais de 300 metros de altura. Passei um bom tempo admirando aquele bloco maciço de pedra.

Aquele lugar tinha sido uma fazenda de cana-de-açucar em tempos do Brasil colonial, onde foi usada mão-de-obra escrava. Depois se tornou uma fazenda de café, e agora um local de descanso e lazer.

Enquanto contemplava a montanha, imaginei o que ela deve ter testemunhado ao longo da nossa história: os índios que habitavam ali originalmente, os portugueses chegando, as caçadas, os desmatamentos. As primeiras construções surgindo. Os escravos sendo trazidos para trabalhar na fazenda. Os espancamentos, as prisões, os batuques na senzala. Depois os caboclos subindo e descendo as picadas, plantando e colhendo café. Quase ouvi as vozes do passado.

Percebi que a nossa noção de tempo é bem nossa, bem humana. As pedras, os riachos, as árvores têm outro ritmo, outra pulsação. Aprendi muito com eles a respeito de simplicidade, humildade e humanidade.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

eixo

No fundo do poço há plena paz de águas puras e límpidas, ainda que abscônditas. No centro da roda de engenho o movimento é mínimo quase nulo, neutro, pois no eixo está a força contida que sustém os braços abertos de quem gira. No centro da Terra, no coração quente e escuro da Terra, ignorando tempestades, metrópoles, aviões e bombardeios, ondas e navios bravios, pulsa a vida.

finalmente, o site

Queridos amigos, finalmente nasceu o meu site. Visitem: www.gladircabral.com.br. Ele nasceu deste blog, por isso o conteúdo ainda é bastante semelhante. Mas pouco a pouco vou inserir no site informações novas, download de música, letras, cifras coisa e tal. Mas pretendo continuar com o blog até onde for possível. Espero vocês lá. Abraços, Gladir

uma canção nova

Despedida Se um dia você viajar pra Goiás E passar a porteira dos campos gerais Não se avexe e ande um pouco mais E será bem-vindo em meus quintais Com violas, cantorias. E se um dia você for ao Sul do Brasil E for tempo de inverno ou dia de frio, Provará o nosso chimarrão, Ouvirá, quem sabe, uma canção E haverá entre nós comunhão. Contaremos muitos causos, Lendas do sertão, Partiremos sobre a mesa Frutos deste chão, Levaremos na algibeira A recordação de um tempo tão bom. Se a distância um dia se estender entre nós E deixar-nos mudos, pensativos e sós, Os caminhos é que falarão Dos amigos que sempre serão, Pela fé, companheiros e irmãos.