Semblante pesado, irado mesmo, cheio de desespero e pesar pela morte da esposa e de outro filho, o pai de Sundar Singh pronuncia para ele as palavras formais de expulsão e deserdamento: “Nós te rejeitamos para sempre e te expulsamos de nossa presença. Tu não serás mais meu filho. Nós não te conhecemos mais. Para nós, tu és como alguém que jamais nasceu. Tenho dito”. “Eu jamais me esquecerei da noite em que fui expulso de casa. Dormi debaixo de uma árvore, e estava muito frio. Jamais havia experimentado algo assim. Pensei: ‘Ontem eu vivia no conforto. Agora estou tremendo de frio, estou faminto e tenho sede. Ontem eu tinha tudo de que precisava e muito mais; hoje não tenho abrigo, nem o calor de minhas roupas, nem comida’. Por fora a noite era difícil, mas eu era tomado por uma maravilhosa alegria e paz em meu coração. Eu estava seguindo os passos de meu novo mestre – Yesu, que não tinha onde reclinar a cabeça, e que fora desprezado e rejeitado. No luxo e no conforto de minha casa eu nã...
Uma pessoa é uma voz. Uma voz custa a envelhecer. Uma voz é sempre pergunta ou resposta, saudação ou despedida, grito ou silêncio. Uma voz também é silêncio. A voz clama no deserto, e busca um eco, um eco, um eco. Clama na cidade, e é sufocada por tantos ruídos. A voz conversa sempre com a Voz.