"Teu brilho é minha escuridão. Nada sei de ti e, por mim mesmo, não posso nem mesmo imaginar como conhecer-te. Se eu te imagino, caio em erro. Se te entendo, engano-me. Se estou consciente e certo que te conheço, sou louco. A escuridão é suficiente" (Thomas Merton [1941], Dialogues with Silence, 2001).
No fundo do poço há plena paz de águas puras e límpidas, ainda que abscônditas. No centro da roda de engenho o movimento é mínimo quase nulo, neutro, pois no eixo está a força contida que sustém os braços abertos de quem gira. No centro da Terra, no coração quente e escuro da Terra, ignorando tempestades, metrópoles, aviões e bombardeios, ondas e navios bravios, pulsa a vida.
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