tag:blogger.com,1999:blog-99199152024-03-08T00:23:51.196-03:00vozUma pessoa é uma voz. Uma voz custa a envelhecer. Uma voz é sempre pergunta ou resposta, saudação ou despedida, grito ou silêncio. Uma voz também é silêncio. A voz clama no deserto, e busca um eco, um eco, um eco. Clama na cidade, e é sufocada por tantos ruídos. A voz conversa sempre com a Voz.Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.comBlogger127125tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-67145560582996782152008-01-08T22:32:00.000-02:002008-01-08T22:38:24.622-02:00finalmente, o siteQueridos amigos, finalmente nasceu o meu site. Visitem: www.gladircabral.com.br.<br /><br />Ele nasceu deste blog, por isso o conteúdo ainda é bastante semelhante. Mas pouco a pouco vou inserir no site informações novas, download de música, letras, cifras coisa e tal. Mas pretendo continuar com o blog até onde for possível.<br /><br />Espero vocês lá.<br /><br />Abraços,<br /><br />GladirGladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-65334220525464405002008-01-07T09:39:00.000-02:002008-01-07T09:53:55.143-02:00consertoSaiu finalmente a primeira parceria com Tiago Vianna! Custou, rapaz. Mas valeu a pena. Eis aí alguma coisa para começar.<br /><span style=""><br />É fim de tarde</span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijA0-vYK_MsvqKylRUkGZN8pEgCvFC3gRczVBtXzuzYQt58mDzfmgsxWBHqqsmybZOMtkEQofLKDVJ5wThXX-ZGbdLkT81IdVhN09X7jLs5FTZKEYdVaUeKkEWaqn3fPoYtHS5/s1600-h/chacara+048a.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijA0-vYK_MsvqKylRUkGZN8pEgCvFC3gRczVBtXzuzYQt58mDzfmgsxWBHqqsmybZOMtkEQofLKDVJ5wThXX-ZGbdLkT81IdVhN09X7jLs5FTZKEYdVaUeKkEWaqn3fPoYtHS5/s320/chacara+048a.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5152701179089728978" border="0" /></a><br /><span style="">As folhas dançam ao vento</span><br /><span style="">E o pescador se distrai<br /></span><span style="">E conserta as suas redes</span><br /><span style="">Em silêncio</span><span style=""><o:p><br /><br /></o:p></span><span style="">E relembra as ondas e o barco<br /></span><span style="">Noite em claro e ele tão longe do lar<br /></span><span style="">Tempestade em mar aberto<br /></span><span style="">Pensamento</span><span style=""><o:p><br /><br /></o:p></span><span style="">As agulhas e as linhas<br /></span><span style="">O olhar de quem já não mais sente nas mãos<br /></span><span style="">A própria dor<br /></span><span style="">O talho tão cruel</span><span style=""><o:p><br /><br /></o:p></span><span style="">Fios soltos e rompidos<br /></span><span style="">Logo reparados e cingidos assim<br /></span><span style="">Com força e com vigor<br /></span><span style="">E mais um carretel</span><span style=""><o:p><br /><br /></o:p></span><span style="">Assim é Deus em seu amor<br /></span><span style="">A corrigir e emendar<br /></span><span style="">Nossas redes rotas, tão poucas,<br /></span><span style="">E o coração infiel e teimoso</span><span style=""><o:p><br /><br /></o:p></span><span style="">Assim é Deus em seu amor<br /></span><span style="">A refazer e retomar<br /></span><span style="">Laços tão humanos, tão frágeis<br /></span><span style="">Num mundo cada vez mais perigoso</span><span style=""><o:p><br /><br /></o:p></span><span style="">Logo tudo se renova<br /></span><span style="">O horizonte anuncia:<br /></span><span style="">O sol nascente brilha!<br /></span><span style="">O vento já mudou<br /></span><span style="">O pescador já voltou ao mar<br /></span><span style="">E a longa praia a esperar<br /><o:p></o:p></span><span style="">Alguém que logo irá voltar<br /><br /></span><div style="text-align: right;"><span style="">(Tiago Vianna e Gladir Cabral)</span><br /><span style=""></span></div>Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-54147137813633826422008-01-07T09:32:00.000-02:002008-01-07T09:38:40.676-02:00trabalha, poeta (Silvestre Kuhlmann)<span style="color: rgb(0, 0, 0);">Tenho ouvido ultimamente as canções do compositor, arranjador e poeta Silvestre Kuhlmann. Eis aqui uma de suas preciosidades.</span><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">Sem meias palavras,</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">Semeia a palavra,</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">Cultiva a boa semente;</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">Espalha por este solo da Terra</span><br /><span style="color: rgb(0, 0, 0);">Poemas.</span> <p class="MsoNormal"><o:p style="color: rgb(0, 0, 0);"></o:p>A pena, a peneira, a pepita,<br />Garimpa, lapida;<br />Descobre o tesouro,<br />Cava com a pá.</p> <p class="MsoNormal"><o:p></o:p>Provoca o vocabulário,<br />Bulindo no vocabulário;<br />Burla o sentido, faz o belo.<br />Elabora, labora.</p> <p class="MsoNormal"><o:p></o:p>Procura a cura no verso.<br />Emoção, reação adversa;<br />É perverso ver o mundo<br />Sem teu olhar, poeta.</p> <p class="MsoNormal"><o:p></o:p>Se te moves, poeta,<br />Comoves;<br />Poeta, não te acomodes<br />Nas cavernas da melancolia.</p> <div style="text-align: right;">(Silvestre Kuhlmann)<br /></div>Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-37726687577822654222008-01-03T15:31:00.000-02:002008-01-03T20:10:59.335-02:00sinfonia do perdão (Jorge Camargo)Isso aconteceu no final de 2006. O tempo passa, mas ainda ressoa a beleza desta humana sinfonia.<br /><br /><pre style="margin-bottom: 12pt;"><span style="font-family:Georgia;">Na última terça-feira (21/11), minha mãe Vanira, levantou mais<br />cedo que de costume.<br /><br />Sentou na cadeira da sala de jantar e puxou uma conversa leve e<br />descompromissada com meu pai. Surpreso com sua presença<br />inesperada, seu Jorge, o "preto" como era carinhosamente chamado<br />por ela, esticou o bate-papo.<br /><br />Minutos depois, ela reclamou de uma dor no peito e foi se deitar.<br />Ele a acompanhou.<br /><br />Ao lado da cama, a frase inesperada: "Preto, me perdoe. Me perdoe<br />pelas palavras ásperas e pelas dores que lhe causei nesses anos juntos<br />(quarenta e seis, pra ser mais exato).<br /><br />"Eu é que te peço perdão!", ele respondeu.<br /><br />Foram as últimas palavras de minha mãe.<br /><br />Naquele quarto apertado de uma casa pequena e simples perdida<br />na periferia da grande cidade uma obra de rara beleza foi executada.<br />O tema? A Sinfonia do Perdão.<br /><br />Aqui nesse mundinho fétido, apenas dois seres que se amaram<br />e que foram cúmplices e parceiros de vida ouviram-na em toda<br />a sua exuberância.<br /><br />No céu, míriades de anjos e Seu Grande Compositor testemunharam-na.<br /><br />Minhas lágrimas apenas captaram o eco de seus últimos acordes e<br />registraram-na em minha alma como a mais linda obra musical que<br />eu ouvi em toda a minha vida.<o:p></o:p></span></pre><div style="text-align: right;"><span style=";font-family:Georgia;font-size:85%;" >por Jorge Camargo</span></div>Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-83949066012307053512008-01-03T08:57:00.000-02:002008-01-03T09:03:53.271-02:00de bem com Deus (Roberto Diamanso)Esta é outra canção concentrada e em estado puro de diamante de Roberto Diamanso. Todos que o conhecem sabem muito bem que certas canções destilam em sua alma gota a gota, palavra a palavra, letra a letra.<br /><br />Eu tô de bem com meu Deus<br />Que te mandou um abraço;<br />Vem fazer uso do espaço<br />Lá do esquerdo do meu peito.<br /><br />Aqui está a igreja;<br />Eu adoro olhando as imagens<br />Que cantam, dançam e pegam<br />Que eu até me peguei:<br />Como de mim são iguais?<br />Semelhantes são as tais<br />Com o Artesão que as fez.<br /><br />Não há "primos inter pares"<br />O Primeiro entre os irmãos<br />Está à direita do Pai<br />E é tão bem vindo entre nós<br />Lembrado ao partir do pão<br />Fala aos que aqui estão<br />Ávidos para ouvir Sua voz.<br /><br />(canção de Roberto Diamanso)Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-55291872648188619442007-12-30T21:15:00.000-02:002007-12-30T21:19:26.905-02:00uma canção nova<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs49e15j6_3Nv1CMWLb20IUaP5QaSdNC75nuMpC7z3CGEBbV-H8NCilvV6L5O8FkRIB7lqMm04I3HBfuBrBoYFBcJZB75uI6Qvh_COApfdZG1k56ZhnITxK0U1lKqAnOeuXHie/s1600-h/IMG_2083.JPG"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs49e15j6_3Nv1CMWLb20IUaP5QaSdNC75nuMpC7z3CGEBbV-H8NCilvV6L5O8FkRIB7lqMm04I3HBfuBrBoYFBcJZB75uI6Qvh_COApfdZG1k56ZhnITxK0U1lKqAnOeuXHie/s200/IMG_2083.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5149909536246674818" border="0" /></a><br /> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:";" ><span style="font-weight: bold;">Despedida</span><br /></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:";" >Se um dia você viajar pra Goiás<br />E passar a porteira dos campos gerais<br />Não se avexe e ande um pouco mais<br />E será bem-vindo em meus quintais<br />Com violas, cantorias.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:";" ><o:p></o:p>E se um dia você for ao Sul do Brasil<br />E for tempo de inverno ou dia de frio,<br />Provará o nosso chimarrão,<br />Ouvirá, quem sabe, uma canção<br />E haverá entre nós comunhão.<o:p><br /></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:";" >Contaremos muitos causos,<br />Lendas do sertão,<br />Partiremos sobre a mesa<br />Frutos deste chão,<br />Levaremos na algibeira<br />A recordação de um tempo tão bom.<o:p><br /></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:";" >Se a distância um dia se estender entre nós<br />E deixar-nos mudos, pensativos e sós,<br />Os caminhos é que falarão<br />Dos amigos que sempre serão,<br />Pela fé, companheiros e irmãos.</span></p>Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-26676785556689925522007-12-22T11:21:00.000-02:002007-12-22T11:29:22.176-02:00campo branco (elomar)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUDOkXnNl1nvkDC5C0r-ZbT5UKnS8xtCUANcVUtrFw91chnx-nUDr4Pnt_Jy8IyIilJjcwnPX7zWCsP6E7vTl7HpVLq9_vIGl7atNuplORhA2rDsAtaBuaElpoarlkLn8gBRKm/s1600-h/elomar.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUDOkXnNl1nvkDC5C0r-ZbT5UKnS8xtCUANcVUtrFw91chnx-nUDr4Pnt_Jy8IyIilJjcwnPX7zWCsP6E7vTl7HpVLq9_vIGl7atNuplORhA2rDsAtaBuaElpoarlkLn8gBRKm/s200/elomar.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5146788663467166210" border="0" /></a><br />Cada vez que ouço esta canção, minha alma se inspira, sonha, canta, chora, lamenta e louva. Viva o grande poeta Elomar.<br /><br /><dl><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Campo Branco minhas penas que pena secou</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Todo bem qui nóis tinha era a chuva era o amor</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Num tem nada não nóis dois vai penano assim</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Campo lindo ai qui tempo ruim</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Tu sem chuva e a tristeza em mim</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong> </strong></span><br /></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Peço a Deus grande Deus de Abraão</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Prá arrancar as pena do meu coração</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Dessa terra sêca en ança e aflição</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Todo bem é de Deus qui vem</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Quem tem bem lôva Deus seu bem</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Quem não tem pede a Deus qui vem</strong></span></dd><dd><dl><dd><span style="font-size:85%;"><strong> </strong></span><br /></dd></dl> </dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Pela sombra do vale do ri Gavião</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Os rebanho esperam a trovoada chover</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Num tem nada não também no meu coração</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Vô ter relempo e trovão</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Minh’alma vai florescer</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong> </strong></span><br /></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Quando a amada e esperada trovoada chegá</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Iantes da quadra as marrã vão tê</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Sei qui inda vô vê marrã parí sem querê</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Amanhã no amanhecer</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Tardã mais sei qui vô ter</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Meu dia inda vai nascer</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong> </strong></span><br /></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>E essa tempo da vinda tá perto de vín</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Sete casca aruêra cantaram prá mim</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Tatarena vai rodá vai botá fulô</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Marela de u’a veis só</strong></span></dd><dd><span style="font-size:85%;"><strong>Pra ela de u’a veis só</strong></span></dd></dl> <hr style="height: 2px;"> <dl><dd style="text-align: right;"><span style="font-size:85%;"><strong><u>Glossário</u></strong></span></dd><dt style="text-align: right;"><br /></dt><dd style="text-align: right;"><span style="font-size:85%;"><strong>Campo Branco: Tradução de Caatinga, expressão indígena</strong></span></dd><dd style="text-align: right;"><span style="font-size:85%;"><strong>Ança: ânsia </strong></span></dd><dd style="text-align: right;"><span style="font-size:85%;"><strong>Iantes das quadra asmarrã vão ter: Antes do ciclo biológico das cabras, elas vão parir</strong></span></dd><dd style="text-align: right;"><span style="font-size:85%;"><strong>E esse tempo da vinda tá perto de vim: Expressão bíblica, derivada da profecia:<br /></strong></span></dd><dd style="text-align: right;"><span style="font-size:85%;"><strong>os tempos da ressurreição estão próximos.<br /> Sete casca aruêra: árvore medicinal<br /> Tatarena: árvore que se abre em flor, anunciadora da chuva</strong></span></dd><dd><span style="font-family:Garamond;font-size:85%;"><strong><br /></strong></span></dd></dl>Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-60215988550675432472007-12-14T23:21:00.000-02:002007-12-14T23:29:38.860-02:00A Pedra de Amolar<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNfRIeNgVE3rZ8UD2Sqw5qMBPkzEz92EFmZUEkjXAcPs0g59Fx9PMZUur0aADgajK1sxmIfSBVl-9zOeI2UkxfotXAfdxWhUZhLc7fU2IPqO-kgzQ3yW29hdLA1jvEFF85Gzyh/s1600-h/Diamanso.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNfRIeNgVE3rZ8UD2Sqw5qMBPkzEz92EFmZUEkjXAcPs0g59Fx9PMZUur0aADgajK1sxmIfSBVl-9zOeI2UkxfotXAfdxWhUZhLc7fU2IPqO-kgzQ3yW29hdLA1jvEFF85Gzyh/s200/Diamanso.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5144004777335048690" border="0" /></a><br />Aquele que comigo, quando eu choro, chora<br />Aquele que comigo dança,<br />A este jamais direi:<br />Ora, não me amoles<br /><div class="para"><br />Porque se como o ferro com ferro se afia<br />Afia o homem a seu amigo<br />Isto hoje te digo:<br />Podes me amolar!<br /><br />Ó Deus, dá que quando entre eu e meu amigo<br />Houver atrito a ponto de sair faísca de fogo<br />Que eu não me desaponte porque esse tal<br />É enviado teu pra que eu não fique cego<br /><br />Porque cego não vê que sem o esmeril<br />Se perde o fio, o gume<br />Quem pode perceber,<br />não perde a comunhão, assume<br />Estende a mão, aceita<br />A pedra de amolar<br /><br /><div style="text-align: right;">(um poema do Roberto Diamanso)<br /></div></div>Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-14947146255534374382007-11-21T21:05:00.000-02:002007-11-21T21:09:45.441-02:00um poema de drummond<p class="MsoNormal"><strong><span style=";font-family:Verdana;font-size:10;" >Amar</span></strong><b><span style=";font-family:Verdana;font-size:10;" ><br /></span></b><span style=";font-family:Verdana;font-size:10;" >(Carlos Drummond de Andrade)</span></p><p class="MsoNormal"><span style=";font-family:Verdana;font-size:10;" ></span><br /><span style=";font-family:Verdana;font-size:10;" > Que pode uma criatura senão,<br />entre criaturas, amar?<br />amar e esquecer,<br />amar e malamar,<br />amar, desamar, amar?<br />sempre, e até de olhos vidrados, amar?<br /><br />Que pode, pergunto, o ser amoroso,<br />sozinho, em rotação universal, senão<br />rodar também, e amar?<br />amar o que o mar traz à praia,<br />e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,<br />é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?<br /><br />Amar solenemente as palmas do deserto,<br />o que é entrega ou adoração expectante,<br />e amar o inóspito, o áspero,<br />um vaso sem flor, um chão de ferro,<br />e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.<br /><br />Este o nosso destino: amor sem conta,<br />distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,<br />doação ilimitada a uma completa ingratidão,<br />e na concha vazia do amor a procura medrosa,<br />paciente, de mais e mais amor.<br /><br />Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa<br />amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.<o:p></o:p></span></p>Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-63365537023550333932007-11-17T23:39:00.000-02:002007-11-17T23:55:07.676-02:00para os céticos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJzUvOQOWcB96Uj2avKfetY-bsh2pqzZ6ZsE2LkezpJZAEOPxeefnWGjedbeJuueREuIP4iMx0wZF7TtnIazdcKAScYuljjGdS_LG9WipATC3qC3-sf9jk3eMgdPUwE1t43pJj/s1600-h/maos1948.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJzUvOQOWcB96Uj2avKfetY-bsh2pqzZ6ZsE2LkezpJZAEOPxeefnWGjedbeJuueREuIP4iMx0wZF7TtnIazdcKAScYuljjGdS_LG9WipATC3qC3-sf9jk3eMgdPUwE1t43pJj/s200/maos1948.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5133992054320637970" border="0" /></a><br />"Deus se revela no livro da natureza, pois Ele é seu autor. Mesmo assim, só compreendemos esse livro se tivermos a necessária iluminação espiritual. Sem reverência e percepção, erramos a direção. Não podemos julgar a confiabilidade de nenhum livro simplesmente ao lê-lo. Agnósticos e céticos, por exemplo, só acham defeitos a invés de perfeição. Os céticos dizem: 'Se há um criator todo-poderoso, por que há furacões, terremotos, dor, sofrimento, morte, etc.?'. É como criticar um edifício que ainda não foi terminado ou um quadro que ainda não foi acabado. Quando o vermos plenamente completo, ficaremos embaraçados por nossa precipitação e louvaremos a habilidade do artista. Deus não deu ao mundo sua forma atual em um único dia nem deixará perfeito em um único dia. A criação inteira move-se em direção à sua plenitude, e veremos o mundo com os olhos de Deus, movendo-se em direção ao que é perfeito, sem falta ou defeito, então nos prostraremos humildemente diante do nosso criador e diremos: 'Isso é muito bom'" (Sadhu Sundar Singh, <span style="font-weight: bold;">The Wisdom of the Sadhu</span>, p. 55).Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-84673345349986434472007-11-17T10:02:00.000-02:002007-11-17T11:34:39.098-02:00tertuliano<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTNDFDCQgMFXdoTECfOsSXQb0RbfJ9kJjdRBO5aoMpyJM_aTHi85I5nLQ3zjan_U6UgAqcJwrPsvlgnAR7dsfNw-IFVydUuW9J3k7lHHruGogCwp5iHVv2sI14_V_VbWJ2y7Ru/s1600-h/tertuliano1.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5133802079327201282" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTNDFDCQgMFXdoTECfOsSXQb0RbfJ9kJjdRBO5aoMpyJM_aTHi85I5nLQ3zjan_U6UgAqcJwrPsvlgnAR7dsfNw-IFVydUuW9J3k7lHHruGogCwp5iHVv2sI14_V_VbWJ2y7Ru/s200/tertuliano1.bmp" border="0" /></a><br /><div>"Embora tenhamos uma tesouraria, ela não guarda dinheiro vindo de compra e venda, como se a religião tivesse seu preço. Uma vez por mês, expontaneamente, cada um coloca ali uma pequena doação; mas apenas de livre vontade, e apenas segundo suas possibilidades; pois não há compulsão; tudo é voluntário. Esses dons são como fundos e depósitos da piedade. Pois eles não foram colocados lá para serem gastos em festas, bebidas e banquetes, mas para assistir e sepultar os pobres, suprir as necessidades de meninos e meninas que perderam seus pais e seus bens materiais, de pessoas idosas que já não podem sair de casa; bem como socorrer os que sofreram naufrágio; e se acaso alguém estiver nas minas em trabalhos forçados, ter sido banido para as ilhas ou estiver na prisão por causa de sua fidelidade à causa da Igreja de Deus, essas ofertas se tornam o sustento de sua confissão" (Tertuliano, <span style="FONT-WEIGHT: bold">Apologia</span>, 160-230 A.D.).</div>Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-76683769882611950282007-10-20T10:42:00.000-02:002007-10-20T10:46:07.502-02:00dança de roda<p class="MsoNormal"><span style=";font-family:";" >Bem melhor do que navegar sozinho<br />Bem melhor do que caminhar sem par<br />Muito mais do que só se olhar no espelho<br />Ou ver a própria sombra...<o:p><br /></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:";" >Pega a sanfona, traz a viola, toca a rabeca (olerê)<br />Chama os tambores e os tocadores pra nossa festa (olará)<br />Faz uma fogueira, planta uma bandeira, canta a noite inteira (aiá)<br />Convida todos os ritimistas para a calçada (olerê)<br />Pega as estrelas, põe nas soleiras da madrugada (olará)<br />Dança moçambique, dança marujada, dança de congada (aiá)<o:p><br /></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:";" >Uma parte da vida é suor e pão<br />Outra parte é pandeiro e celebração<br />Tudo tão bom<br />Se a mão de quem planta puder colher<o:p><br /></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:";" >Ir além dos limites do próprio corpo<br />Por o pé nas fronteiras do nosso chão<br />Palmo a palmo, alcançar com algum esforço<br />O esboço de outra palma<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:";" >Ver o riso pousado em cada rosto<br />Ter o gosto de reaprender a andar<br />Como quem sabe caminhar dançando<br />Ao toque da viola<o:p><br /></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:";" >Viva a alforria! Viva a alegria! Viva a fartura! (olerê)<br />Que haja folia e cantoria, que haja procura (olará)<br />De uma dança nova, de um casa nova, de uma vida nova (aiá)<br />Dança de roda, dança de rua, dança de novo (olerê)<br />Festa de maio, festa de negro, festa do povo (olará)<br />Canta a novidade, canta de verdade, canta a liberdade (aiá)<o:p><br /></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=";font-family:";" >É que a vida floresce nos pedregais<br />E renova a florada dos matagais<br />Belos sinais<br />Da chegada certeira de um tempo bom<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: right;"> <span style="font-size:85%;">(canção que faz parte do meu próximo CD: <span style="font-weight: bold;">Água no Deserto</span>)</span><br /></div>Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-20508648491614750852007-10-20T10:17:00.000-02:002007-10-20T10:19:34.231-02:00simplicidade<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAmlZYM-TIK9lFZtpl1UfJWbtU83-U2dTEfy3f-2fw9AdSpqxv61nKRWzvquajJFEjf8IuefYc-CVkJb_UwOWIcXgsMo3UNIJLkN7YTWArShr-9g_yUMSiNJ7MKyRIYkEQBwcN/s1600-h/shaker+drawing4.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAmlZYM-TIK9lFZtpl1UfJWbtU83-U2dTEfy3f-2fw9AdSpqxv61nKRWzvquajJFEjf8IuefYc-CVkJb_UwOWIcXgsMo3UNIJLkN7YTWArShr-9g_yUMSiNJ7MKyRIYkEQBwcN/s400/shaker+drawing4.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5123392294733814146" border="0" /></a><br /> <p class="MsoNormal"><span style="">Simplicidade é um dom, ser livre é um dom,<br />Estar onde se deve estar é um dom<br />E quando estamos no lugar certo<br />Este será o vale do amor e da alegria.<br />Quando se alcança verdadeira simplicidade<br />Para prostrar-se e curvar-se, não há acanhamento<br />Pois girar e girar será a nossa alegria<br />Até que girando e girando cheguemos ao lugar certo.</span><span style="" lang="EN-US"><o:p><br /></o:p></span></p> <div style="text-align: right;"><span style=";font-family:";font-size:85%;" lang="EN-US" >(cântico shaker Elder Joseph Brackett Jr., 1848)</span></div>Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-53869210822409960272007-10-20T10:14:00.000-02:002007-10-20T10:17:20.417-02:00O Senhor da Dança<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM7B06rIEEPbKGuPT2589FO_Tz5L0DB5pKaQ6Q_73r4S49CgPytMS6htpqCL9hN3XvlCiHR7ORfAqC7Xv5yAcGO0kJz605PKCs8Cx1I-Q0wZZ94nRPW_JFavdqcmrlC4OdzUgY/s1600-h/shaker+drawing3.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM7B06rIEEPbKGuPT2589FO_Tz5L0DB5pKaQ6Q_73r4S49CgPytMS6htpqCL9hN3XvlCiHR7ORfAqC7Xv5yAcGO0kJz605PKCs8Cx1I-Q0wZZ94nRPW_JFavdqcmrlC4OdzUgY/s200/shaker+drawing3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5123391835172313458" border="0" /></a><br /> <p class="MsoNormal">Dancei na manhã em que o mundo começou<br />Dancei com a Lua, as estrelas e o Sol<br />Desci do céu e dancei na Terra<br />Em Belém eu nasci</p> <p class="MsoNormal"><o:p></o:p>Então dance, onde quer que você estiver<br />Eu sou o Senhor da Dança, Ele disse!<br />E vou conduzi-lo, onde quer que você estiver<br />E vou conduzi-los todos na dança, Ele disse!<o:p><br /></o:p></p> <p class="MsoNormal">Dancei para os escribas e fariseus<br />Mas eles não gostam de dançar, não quiseram me seguir<br />Dancei com pescadores, com Tiago e João<br />Eles vieram comigo, e a dança continuou<o:p><br /></o:p></p> <p class="MsoNormal">Dancei no sábado em que curei um paralítico<br />E os santarrões disseram que isso era vergonhoso!<br />E me chicotearam e me torturaram e me pregaram numa cruz<br />E ali me deixaram para morrer!<o:p><br /></o:p></p> <p class="MsoNormal">Dancei numa sexta-feira quando o céu ficou escuro<br />É difícil dançar enquanto se é pisoteado pelo Diabo<br />Enterraram meu corpo e pensaram que eu estava acabado<br />Mas eu sou a Dança e por isso continuo<o:p><br /></o:p></p> <p class="MsoNormal">Eles me cortaram e levantaram no madeiro<br />Eu sou a Vida que jamais perece, nunca morre!<br />Viverei em você se você viver em mim<br />Eu sou o Senhor da Dança, Ele disse!<span style="" lang="EN-US"><o:p><br /></o:p></span></p> <div style="text-align: right;"><span style=";font-family:";font-size:12;" >(hino shaker do século XIX, adaptado por Sydney Carter, 1963)</span></div>Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-87324034028984854142007-10-13T09:16:00.001-03:002007-10-13T09:17:36.433-03:00calma, zé!"Seja paciente, pois cada pessoa que você encontra está enfrentando uma grande batalha" (Filo de Alexandria <span style="font-style: italic;">apud</span> Furnal, 2007).Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-77513155958644091232007-10-12T18:40:00.000-03:002007-10-12T18:55:22.425-03:00john wesley e a escravidão<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtVRKLrReLnYlrO-zLEBp7KO4Yz4g1UaN3g4P4KvJhJGSIhXWvKZWk3sn-gISbG7oS9bFyE0aWtNQSX9XcO-bnbyAL6xmsaslZ3ruNCl9p0hfAzCRvEBv7hE182iUvafxYXX1E/s1600-h/negroes7.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtVRKLrReLnYlrO-zLEBp7KO4Yz4g1UaN3g4P4KvJhJGSIhXWvKZWk3sn-gISbG7oS9bFyE0aWtNQSX9XcO-bnbyAL6xmsaslZ3ruNCl9p0hfAzCRvEBv7hE182iUvafxYXX1E/s200/negroes7.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5120572091979857378" border="0" /></a><br />"A escravidão é uma vilania nojenta, um escândalo para a Inglaterra e para a humanidade. Fico chocado quando um homem, por ser negro, é enganado ou atacado por um branco e não pode se defender... Vá em nome de Deus e no poder do Seu Espírito, para que a escravidão americana, a mais infame que já se viu sob o sol, seja banida para sempre" (John Wesley, na última carta que escreveu antes de morrer, 24 nov. 1790. A carta foi escrita a William Wilberforce, figura fundamental na abolição do tráfico de escravos na Inglaterra, em 1807).Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-56293315885062148412007-10-09T10:37:00.000-03:002007-10-09T11:20:05.356-03:00o deus que ama você<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizMXPBr8RcX5tSS7WWj4Q5j7-GjLh46lIAarngdct_TLPH5BZMt9I8Z__IJI7Ck9Z0rZoYOwyA0wobrAVuotooJvI-P4HpShVekMsGzJ1v8oBj_hGqnnPYU-b-Ui2HPcGc9lLI/s1600-h/IcebergTotal.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizMXPBr8RcX5tSS7WWj4Q5j7-GjLh46lIAarngdct_TLPH5BZMt9I8Z__IJI7Ck9Z0rZoYOwyA0wobrAVuotooJvI-P4HpShVekMsGzJ1v8oBj_hGqnnPYU-b-Ui2HPcGc9lLI/s200/IcebergTotal.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5119338628912053714" border="0" /></a><br />Deve ser trabalhoso para o Deus que ama você<br />Pensar em como você seria mais feliz do que é hoje<br />Se você pudesse avistar seus muitos futuros.<br />Deve ser doloroso para Ele vê-lo nas noites de sexta<br />Indo para casa de carro, após um dia de trabalho, contente com sua semana --<br />Três belas casas vendidas a famílias dignas --<br />Sabendo, como Ele sabe, o que teria acontecido exatamente<br />Se você tivesse feito a segunda opção na universidade,<br />Conhecendo o colega de quarto que você teria,<br />Cujas ardentes opiniões sobre pintura e música<br />Teriam despertado em você um vocação que duraria uma vida inteira.<br />Um vida 30 graus acima da vida que você leva hoje<br />Em qualquer escala de satisfação. E cada ponto seria<br />Um espinho no lado do Deus que ama você.<br />Você não quer isso, um homem generoso como você<br />Que tenta poupar sua esposa dos desapontamentos do dia<br />Para que ela possa guardar seu bom humor para as crianças.<br />E você, gostaria que esse Deus comparasse sua esposa<br />Com as mulheres a quem você estava destinado a encontrar no outro campus?<br />É difícil para você pensar nele avaliando quanto mais proveitosa seria<br />A sua conversação lá nessa outra universidade<br />Em comparação com as conversas que você costuma ter.<br />E pensar como esse Deus amoroso se sentiria<br />Sabendo que o próximo homem da fila para casar-se com sua esposa<br />A faria muito mais feliz do que você jamais seria capaz,<br />Mesmo em seus melhores dias, quando você realmente se esforça.<br />Você consegue dormir à noite crendo que um Deus assim<br />Está caminhando pelo Seu quarto celeste, chateado pelas alternativas<br />Às quais você foi poupado por pura ignorância? A diferença entre o que é<br />E o que poderia ser permanecerá viva para Ele,<br />Mesmo depois de você deixar de existir, depois de você pegar um resfriado<br />Ao correr pela neve em busca do jornal da manhã,<br />Perdendo 11 anos de vida que o Deus que ama você<br />Imagina, cena por cena.<br />A não ser que você venha ajudá-lo ao imaginá-lo<br />Sábio tanto quanto você é, não um Deus, na verdade, somente um amigo,<br />Não mais íntimo que seu amigo verdadeiro que você conheceu na universidade,<br />a quem você não escreve a meses. Sente-se hoje à noite<br />E escreva a ele sobre a vida a respeito da qual você pode falar<br />Com certa autoridade, a vida que você tem testemunhado,<br />Que, até onde você sabe, é a vida que você escolheu.<br /><br /><div style="text-align: right;">(Carl Dennis, 2001, apud Josh Furnal, 2007)<br /></div>Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-88941836411516758062007-10-09T09:15:00.000-03:002007-10-09T09:55:08.350-03:00o céu dos ingleses"Eu não penso como mamãe. Não falo nada porque em negócio de religião ela não admite discussão. Não posso ter esse medo que mamãe tem porque eu penso comigo: 'Se meu pai for para o inferno, para onde irão meus tios e todos os homens de Diamantina a não ser Seu Juca Neves?'. Eu sei que Deus é justo. Já sofri muito em pequena por causa de vovô e não quero agora sofrer também por causa de meu pai. Na escola de Mestra Joaquina eu não podia ter a menor briguinha com uma menina, que ela não dissesse logo: 'Meu avô não é como o seu que foi para o céu dos ingleses'. Meu avô não foi enterrado na igreja porque era protestante; foi na porta da Casa de Caridade e até hoje se fala nisso em Diamantina. Quando ele estava muito mal, os padres, as irmãs de caridade e até Senhor Bispo, que gostava muito dele, pelejaram para ele se batizar e confessar para poder ser enterrado no sagrado. Ele respondia: 'Toda terra que Deus fez é sagrada'. O vigário não quis deixar dobrar os sinos, mas os homens principais de Diamantina foram às igrejas e fizeram dobrar todos os sinhos da cidade o dia inteiro. Ele era muito caridoso e estimado. Quando o doente não podia, ele mandava os remédios, a galinha e ainda dinheiro. A cidade inteira acompanhou o enterro. Quando ele morreu eu era muito pequena e até hoje se fala em Diamantina na caridade do Doutor Inglês, como todos o chamavam. Um homem assim pode estar no inferno?" (Helena Morley, <span style="font-weight: bold;">Minha Vida de Menina</span>, 9 nov. 1893). [Helena Morley era o pseudônimo de Alice Dayrell Caldeira Brant, de pai protestante e mãe católica, que manteve um diário de infância que veio a se tornar muito famoso na década de 1940]Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-48356357770111424272007-09-24T14:08:00.000-03:002007-09-24T14:14:55.325-03:00amar ou não amar"O evangelho de Jesus Cristo dá voz concreta a duas verdades paradoxais que expressam a tragédia da condição humana: a primeira é que, se você não ama, você não viverá; a segunda é que, se você ama, você morrerá. Se você não puder amar, você permanecerá preso a si mesmo e ficará estéril, incapaz de criar um futuro para si ou para os outros, incapaz de viver. Se, todavia, você de fato amar, você será uma ameaça às estruturas de dominação sobre as quais repousam a sociedade e então você será morto" (T.S. Eliot).Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-10740946433292870782007-09-22T11:29:00.000-03:002007-09-22T11:52:56.096-03:00rodapé para todas as oraçõesSomente aquele a quem me prostro sabe a quem me prostro<br />Quando tento dizer o Nome inefável, murmurando Tu,<br />E sonho com fantasias fidianas e abraço no coração<br />Símbolos (que sei) não podem ser o que Tu és.<br />Assim sempre, todos os que oram blasfemam,<br />Adorando com suas frágeis imagens um sonho folclórico,<br />E todos os homens em suas orações, auto-enganadas, dirigem-se<br />À construção de seu próprios inquietos pensamentos, a não ser que<br />Tu em magnética misericórdia Te desvies<br />De nossas setas, miradas imprecisamente, além do deserto;<br />E todos os homens são idólatras, clamando surdamente<br />A um ídolo surdo, se Tu os aceitas ao pé da letra.<br />Não aceita, ó Senhor, nosso sentido literal. Senhor, em tua grande<br />Contínua fala, traduz nossa metáfora claudicante.<br /><div style="text-align: right;">(C.S. Lewis)<br /></div>Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-20199010452813693822007-09-10T14:10:00.000-03:002007-09-10T14:17:44.486-03:00o centro"Preciso mudar do falar sobre Jesus para deixar que Ele fale comigo, de pensar sobre Jesus para deixar que Ele pense dentro de mim, de agir para e com Jesus para deixar que Ele aja através de mim. Sei que o único jeito de ver o mundo é vê-lo através dos Seus olhos... Tenho de ir ao centro do ser: o centro onde o tempo toca a eternidade, onde a Terra e o céu se encontram, onde a Palavra de Deus se torna corpo humano, onde a morte e a imortalidade se abraçam" (apud Josh Furnal<strong>, Bywords</strong>, 2007).Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-77235530031642228962007-09-08T23:12:00.000-03:002007-09-08T23:21:06.935-03:00oração<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPidJKGWcK5IDCBy-MPSX4adqS6QxOaeZOoN-uVxv4AIOHCyPvvUa3R83XW_48YvnMoxiutWm0cruvi_u1zU_AOvZ6mOw7epeZOELAMkkA9QDp1CGUPTEaf_wUZzmUDFs5Cixr/s1600-h/index_goldenforest1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5108023740603630066" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPidJKGWcK5IDCBy-MPSX4adqS6QxOaeZOoN-uVxv4AIOHCyPvvUa3R83XW_48YvnMoxiutWm0cruvi_u1zU_AOvZ6mOw7epeZOELAMkkA9QDp1CGUPTEaf_wUZzmUDFs5Cixr/s200/index_goldenforest1.jpg" border="0" /></a><br /><div>"A única preocupação do diabo é impedir que os cristãos orem. Ele nada teme dos estudos feitos sem oração, de trabalho feito sem oração ou de religião feita sem oração. Ele ri de nossos esforços, faz pouco caso de nossa sabedoria, mas treme quando oramos" (Samuel Chadwick).</div><br /><div></div><br /><div>Bruce Metzger, ao comentar Apocalipse 8.1, diz que ali há silêncio no céu depois de seis ou sete selos serem abertos. Depois, há uma grande calma, como que antes da tempestade. "E você fica imaginando porque há silêncio; cresce a tensão enquanto se espera outro juízo de Deus, contudo o silêncio aqui não é de terror. O silêncio (v. 3) é causado por um anjo que traz diante do altar as orações dos santos" (apud Josh Furnal, 2007, p. 6).</div>Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-78181136045143993432007-06-14T20:54:00.000-03:002007-06-14T21:00:19.241-03:00idéia novaUma palavra nova<br />Para iluminar a nova manhã<br />Uma idéia nova<br /><span style=";font-family:";" >A cor, a flor temporã<br /><br /></span><o:p></o:p>E mais uma cantiga nova<br />Cheiro de limão, sabor de maçã<br />O brilho da viola<br />Lá na praia de Itapuã<br /><br />E mais uma janela aberta<br />Para receber a brisa do mar<br />E uma vontade certa<br />De o coração navegar<br /><br />E mais, uma cidade alerta<br />Esperando a voz da vida chamar<br />Para uma grande festa<br />Que apenas vai começar<br /><br />E mais, muito mais... Bem mais...<br /><br />Quero cantar como quem anuncia<br />O calor do dia, a alegria,<br />A vida, a nova estação.<br />Sol, olha o sol sobre a pele da Terra!<br />Somos só o sal, o resto é chão, É céu, é pleno verão.<span style=";font-family:";" ><br /><br />(Gustavo Messina & Gladir Cabral)<br /><o:p></o:p></span>Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-48716289218885516292007-06-03T20:37:00.000-03:002007-06-03T20:43:34.946-03:00armas de fogo"Canhões e armas de fogo são máquinas cruéis e odiosas. Eu creio que elas surgiram por sugestão direta do demônio. Contra as balas voadoras nenhum valor adianta; o soldado é morto, antes mesmo de saber como. Se Adão pudesse ter uma visão dos terríveis instrumentos que seus filhos iriam inventar, teria morrido de desgosto" (Martinho Lutero).Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9919915.post-48133761375149901952007-04-21T16:26:00.000-03:002007-04-21T16:40:01.761-03:00nos passos de Yesu"Jamais me esquecerei da noite em que fui expulso de minha casa. Dormi ao relento, debaixo de uma árvore, e fazia muito frio. Jamais havia experimentado tal coisa. Então pensei: 'Ontem eu vivia no conforto. Agora estou tremendo de frio, e faminto, e sedento. Ontem eu tinha tudo o que necessitava e muito mais; hoje não tenho mais abrigo, nem roupas quentes, nem comida'. Por fora a noite era difícil, mas eu sentia uma grande alegria e paz em meu coração. Eu estava seguindo os passos de meu novo mestre -- Yesu, que não tinha onde repousar a cabeça, que fora desprezado e rejeitado. No luxo e no conforto de casa eu não havia encontrado paz. Mas a presença do Mestre mudou meu sofrimento em paz, e esta paz nunca mais me abandonou" (Sundar Singh, <strong>Wisdom of the Sadhu</strong>, p. 29).Gladir Cabralhttp://www.blogger.com/profile/05638535862541146614noreply@blogger.com0